Passando no começo da rua Marcílio Dias, próximo da praça Heliodoro Balbi, reencontrei o carioca Nílson Jordão Rodrigues, nascido na rua General Roca, no bairro Tijuca em 17 de outubro de 1957. Ele destaca, que o local ficava na subida do Morro do Turano. Jordão veio para Manaus com o grupo de pagode "Cancela" em 1986 e ficou por aqui. Ele manteve sua vida pacata no meio musical da cidade no auge dos clubes dominantes do cenário festivo daquela década.
Atual vendedor de churrasquinhos Nílson é um dos sobreviventes do naufrágio ocorrido em 10 de Fevereiro de 1999 no rio Madeira. Por volta das 22 horas daquele fatídica dia, a embarcação "Ana Maria VIII" bateu em algo e naufragou. O barco havia saído de Porto Velho, a capital do estado de Rondônia.
A cansativa e agonizante luta dele nas águas, não foi em vão. Sobrevivente da escuridão e dos perigos do rio, hoje carrega lembranças de uma experiência sofrível para qualquer ser humano. Lembra, que ouviu gritos de desespero enquanto nadava sentindo muito frio e com receio constante de uma fera o atacar.
Do sofrimento compartilhado com muitos sobreviventes ele revela, que algo poderia ser feito para evitar essas tragédias, onde dezenas de pessoas morrem pela falta de respeito em não cumprir com as normas de segurança da Capitania dos Portos. Segundo Nilson, o barco estava superlotado de passageiros, além das diversas cargas, motos e carros. Jordão ainda espera uma indenização dos responsáveis pelo acontecido.
Em fevereiro próximo, a marca dos dez anos desse episódio lamentável, será relembrada com certa revolta por dezenas de famílias que perderam parentes de forma trágica. Com alternância no tempo ocorrem acidentes na Amazônia e diversas embarcações continuam navegando nos rios da região ferindo normas de segurança em nome da ganância. O que este carioca passou, junto dos demais passageiros, segue ignorado por muitos exploradores do transporte fluvial. Até quando?
Em fevereiro próximo, a marca dos dez anos desse episódio lamentável, será relembrada com certa revolta por dezenas de famílias que perderam parentes de forma trágica. Com alternância no tempo ocorrem acidentes na Amazônia e diversas embarcações continuam navegando nos rios da região ferindo normas de segurança em nome da ganância. O que este carioca passou, junto dos demais passageiros, segue ignorado por muitos exploradores do transporte fluvial. Até quando?
Atenção!
Nilson superou obstáculos mantendo o sorriso constante, conseguindo êxitos diversos e seguiu como funcionário de uma empresa na área de eletricidade; concluiu o curso de teologia pelo CETEO/Manaus e congrega há muitos anos na Igreja Viva Global mantendo fé e persistência habituais. Continua ativo na música, exaltando a crença religiosa, baseado na sua experiência musical.
O autor desta página lamenta não ter atualizado a história dele, devido aos desencontros e rotinas diferentes. O conteúdo exige tempo, texto e fotos. Dentro do possível, tentarei buscar material condizente que faça jus ao exemplar cidadão Nilson Jordão Rodrigues em sua trajetória magnífica, abençoada por Deus. Tenho observado tal necessidade. Peço desculpas a ele e a todos.
*Atualização em 10/12/2021 às 14h06
Veja mais:
Desaparecidos são 45 no Madeira - Folha de Londrina
Parentes de vítimas de naufrágio lutam pela indenização - Alagoas 24 horas
Devido a erro na postagem original veja abaixo a URL inicial:
Texto e fotos: Aldemir Bispo
Fontes: www1.folha.uol.com.br
www.alagoas24horas.com.br
www.folhadelondrina.com.br
Complemento: Wikipédia
Atualização em 18.04.2021 às 11h46
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